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 LoveStoned || Capítulo 15

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AutorMensagem
MarcieGottschalk

MarcieGottschalk


Idade : 30
Cidade : Charqueadas

LoveStoned || Capítulo 15 Empty
MensagemAssunto: LoveStoned || Capítulo 15   LoveStoned || Capítulo 15 Empty13.04.13 20:11

Justin:
Depois de ter deixado a agenda na porta do 805, ainda demorei muito para conseguir descansar, até chequei, no meio da madrugada, se ela ainda estava lá. Já era de manhã, se ela trabalha, tem que sair de casa. E se precisa sair de casa, tem que passar pela porta, certo? Estou genial.

Quando saio, ela está sentada na escada com o meu chapéu e lendo o bilhete. Todos estão inteiros, o que já pode ser considerado um bom sinal. Arrisco um “Bom dia!” e o silencio prevalece entre nós. De certa forma eu merecia, então não me importava, ela até estava sendo calma, esperava que tivesse picado o bilhete e feito xixi no chapéu. Ao mesmo tempo, seu silêncio me surpreendia; não sei se tenho frequentado os lugares errados, mas há tempos alguém não me ignora assim, acho que me acostumei a ter prestígio. Agora ela... ela me trata como qualquer outro. E a sensação é tão boa.

No meio do silêncio que pesava entre nós, o elevador tranca, já aconteceu comigo uma vez. E demorou horas. Talvez finalmente seja meu dia de sorte. Ela revirou os olhos e sentou-se no chão.

“Espero que se resolva logo.”

“Eu não.”

Por mim pode demorar o tempo que precisar, aliás, quanto mais melhor.

______________________________________________________________________

Caroline:
Já estávamos no elevador há uns dez minutos, não falávamos, como se estivéssemos brincando de quem quebra o silêncio primeiro. Sentia o perfume de Justin perto de mim e precisava de muito auto-controle para continuar quieta, sem fazer escândalo e querer que o elevador caísse no poço. Sentia que ele estava me observando, mas tentava fingir que não e continuava encarando as pontinhas do meu cabelo.

– Eles realmente ficam muito bonitos em você.

Quando finalmente o fitei vi que olhava para meu rosto e, ao encarar o espelho, percebi que ainda estava com o chapéu que ele tinha deixado em minha porta. Continuei em silêncio, segurando as mãos para não tirar o chapéu e mostrar que estava incomodada de ainda o estar usando.

– Eu sei que mereço, mas não fique sem falar comigo. Brigue, xingue, bata. Mas não me deixe no silêncio.

Eu não queria falar, principalmente porque não sabia o que queria dizer, mas o silêncio entre nós era pesado, espesso, quase podia ser tocado. Depois de alguns minutos resolvi quebrá-lo, não necessariamente por algo mais agradável.

– Eu tenho cara de idiota?

Justin arqueou as sobrancelhas.

– Como assim?

– Exatamente o que você ouviu. Por acaso, na minha testa, está escrito ‘eu sou uma idiota, venha, me faça de boba, depois me deixe, finja se importar comigo, mas ao mesmo tempo, tenha uma namorada e sabe-se lá mais quantas amantes. Então me compre com meia dúzia de palavras baratas. Depois, volte para a sua vida, normalmente, porque fui só mais uma.’

– É tão difícil perceber que você significa bem mais para mim?

– Bem mais! Nossa, uau, obrigada!

– O que você quer que eu diga, garota?

– Pra começar, não me chame de garota.

– E quer que eu te chame de quê? De vizinha?

– Eu tenho um nome.

– Acredito que sim, mas segundo você eu não sou digno de saber.

Nossa, ele ainda não sabia meu nome! Mas não iria me abalar com isso.

– Eu nunca sei o que esperar de você. Em um momento é todo querido, daqui a pouco, cheio de mulheres e problemas...

– Não é tão complicado. Você só precisa me deixar mostrar...

– Sério? Porque a única coisa que tenho feito desde que nos conhecemos é te dar chances de me mostrar que ainda tem um pouquinho daquele que eu sempre gostei aí dentro.

– E como eu vou saber quem é esse que você gostava?

– Não sei, talvez eu era uma daquelas psicopatas que projetava o ídolo diferente. Não sei Justin, só sei que não consigo te desvendar.

– Ah sim! Você não consegue me desvendar? E o que a senhorita me diz de até o porteiro desse prédio saber mais sobre você do que eu?

– Talvez o porteiro me trate melhor do que você.

– Isso não é verdade, eu nunca te tratei mal. Posso ter feito algumas cagadas, mas você ficou comigo porque quis. Eu pressionei, mas se você não quisesse não teria ficado, admita.

Ele estava jogando na minha cara que eu fiquei com ele? Ah Justin, vou voar no seu pescoço lindo,

– Obrigada, mas não perguntei o que você acha sobre eu ter me envolvido com você, não precisa me culpar, eu me culpo o suficiente por isso.

Justin me encarou surpresos e se calou. Mais uma vez o silêncio. E cada vez mais pesado. Não queria quebrá-lo, mas depois de uns dez minutos, não aguentei.

– Só queria saber por que eu? Com tantas garotas em todo o mundo, por qual razão, logo eu?

______________________________________________________________________

Justin:
Nós estávamos em uma discussão séria, pela primeira vez sendo sinceros e fazendo as perguntas certas, sem ninguém para interromper. Então ela disse que já se culpava o suficiente por ter se envolvido comigo. Foi como um choque térmico, não conseguia dizer mais nada. O silêncio se instalou mais uma vez entre nós e nada que eu quisesse ou pudesse dizer iria mudar o fato de que ela se arrependia de ter ficado comigo. De verdade, não era o que eu precisava ouvir, afinal já começava a pensar demais nela, mais do que um cara comprometido deveria.

Ela tinha chegado do nada e mexido comigo de um jeito tão forte que me fazia criticar o ponto congelado e seguro em que eu estava com Jess há tanto tempo. Então ela abriu a boca e fechou, tinha algo a dizer. Mexeu no cabelo e perguntou:

“Só queria saber por que eu? Com tantas garotas em todo o mundo, por qual razão, logo eu?”

Não consigo acreditar que ela ainda tenha dúvidas.

– Me escute, sem julgar pelo que conseguiu ‘analisar’ sobre mim, ok? (ela assentiu e então continuei) A razão de ser você? Eu não sei. Só sei que estava tudo bem e tranquilo por aqui, então você surgiu, toda especial e me sacudiu. Provavelmente foi o seu jeito de agir, ou mexer no cabelo quando está nervosa ou com vergonha, por acaso, exatamente como está fazendo agora. Ou por me desafiar tanto, me tirando da zona de conforto. Sem mencionar que, no meio de tudo isso, no fundo você é meiga. Caso contrário, eu ainda estaria naquela festa ou jogado na sarjeta, como foi prometido no caminho. Eu não sei, mas você tem alguma coisa, que as outras pessoas não têm.

– Eu realmente pensei em te deixar lá.


Seu rosto se iluminou e ela sorriu. Como podia ser tão bonita?


– Olha só, como aquela garota tão dura pode sorrir assim? Eu que não consigo te desvendar.

– Talvez tenha que ser assim.

– Mesmo?

– Claro que não. Qual é o nosso problema?

– Talvez não seja um problema. Talvez a gente que não está conseguindo ver direito.

– Muito poético. Ou talvez você que está tentando me iludir em palavras baratas.

– Eu estava errado, provavelmente o que mais gosto em você é a fé que coloca em mim. (ela sorriu mais uma vez) Agora sério, me desculpe por te envolver nas minhas histórias.

– Tudo bem, mesmo que deteste concordar, você tinha razão antes, eu fiz o que fiz porque quis, a culpa também é minha.

– Viu só? Você até fica bonita quando não está rosnando.

– Ah, claro. Obrigada por esse elogio tão motivacional, eu não estava errada quando dizia que você era um poeta. (Sorrindo, me bateu no braço. Ela era tão linda sorrindo que caí na risada com ela. E tive que me segurar muito para não beijá-la agora)

______________________________________________________________________

Caroline:

Desde que voltamos a conversar o assunto fluía despretensiosamente. Estávamos em um território escorregadio, o que só deixava as coisas mais interessantes.

– Nós podemos conversar como pessoas civilizadas! Desde que ‘conhecemos’ (ele fez aspas com as mãos, na palavra conhecemos) nunca estivemos sozinhos e tranquilos assim. Não é tão ruim...

– Fale por você.

– Então você só está sendo querida porque não pode fugir de mim como nas outras vezes?

– Provavelmente.

– É bom saber, vou precisar te prender mais vezes.

– Dê boas razões para ficar que ninguém foge.

– Bem pensado. Então minhas razões não têm sido muito boas ultimamente...

Ele riu. Era um sorriso aberto e em seus olhos podia ver que aquilo significava muitas outras coisas que ele não precisava dizer. Mesmo que não devesse, acabei sorrindo de volta.

– Para um bom entendedor...

Justin mordeu o lábio e me encarou.

– Acredito que a senhorita não tenha muitas opções no momento, sendo assim, mesmo com razões horríveis vai ter que ficar. Então, deixe-me entretê-la.

Sem saber muito se devia sorri assentindo.

– Como já foi mencionado, não tenho muitas opções.

– Ótimo, é o suficiente por enquanto.
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