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 Espelhos || Capítulo 15

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AutorMensagem
Aandel
Prata
Aandel


Idade : 41
Cidade : Barueri

Espelhos || Capítulo 15 Empty
MensagemAssunto: Espelhos || Capítulo 15   Espelhos || Capítulo 15 Empty05.09.14 21:49




CAPÍTULO 15:

Laura olhava encantada pela quantidade de Peles, Casacos, Vestidos e toda sorte
de roupas de grifes penduradas... Para ela, era como olhar uma imensa vitrine de
uma loja requintada. O Closet era imenso, as duas paredes eram abarrotadas de
roupas e gavetas enquanto a parede do fundo guardava um armário que quando aberto por Laura a espantava ainda mais, do teto até o chão, prateleiras de sapatos um mais lindo que o outro, era um sonho de qualquer mulher...

Com as mãos no bolso, Cezar caminhava lentamente atrás de Laura...

-Nós não deveríamos nem estar aqui mocinha!

Ainda boquiaberta com todo aquela visão, Laura parecia pouco preocupada
com qualquer  aviso prévio.


-Relaxa Doutor!
-Não acredito que o grande Dr.Cézar esta com medo da grande Dna.Teresa!
-Para de se preocupar, ela não subiria aqui por nada nesta vida, ainda morre de medo das
 escadas e pior, ainda tem medo do fantasma que vive neste quarto!

Permanecendo parado  e observando o fascínio de Laura por todas aquelas
roupase sapatos, Cezar se admira, que atrás dele o closet de Ricardo,
permanece intacto.


-Não se trata de medo Srta.Laura, trata-se de respeito.    

Laura passava ao lado de Cezar dando lhe um beijo no rosto com um olhar de
que ainda estava preparada para aprontar mais algumas.


-Ainda nem vimos o trono real da patroa!

Saindo do gigante closet, Laura fica parada diante de uma porta, sem reação
e chocada com o que vê...
Primeiro ela olhava a parede de vidro localizada no centro do cômodo, atrás
da parede de vidro um jardim maravilhoso... Tratava-se de uma jardim
central vedado por vidros localizado no centro do banheiro, uma parede de
vidro na verdade. De um lado as pias, do outro lado o Box com duas duchas,
uma banheira gigante e uma porta que escondia o vaso sanitário e o bidê...
Três das quatro paredes, tinham espelhos, o local era muito bem iluminado,
graças a uma esplendorosa claraboia e era muito bem arejado...
Laura olhava as torneiras e ficava imaginando o preço de cada uma delas
ainda tentando assimilar tudo aquilo...


-Este banheiro é maior que os dois cômodos do meu barraco!

Cezar olha tudo aquilo com mais naturalidade, mas não deixa de demonstrar
um pouco de surpresa.


-Ainda chamaria este lugar de mausoléu, Srta.Laura?

Laura olha para o sarcasmo de Cezar com entusiasmo.

-Como você veio parar no meio disto tudo heim?

Cezar a encara e abaixa a cabeça sorrindo satisfeito com a pergunta de Laura.

-Tia Stella.
-Ela descobriu que uma clinica onde a Teresa fazia tratamento para engravidar
trocava o material dos pacientes, tia Stella me contratou, eu processei a clinica,
os Chiveras ficaram alguns cruzados mais ricos e a clinica foi fechada e a partir
de então fui contratado diretamente pela Couvenant e pelos Chiveras.

Antes que Laura pudesse reagir de alguma forma, Cezar faz uma pequena
expressão de espanto, ele apressa os passos na direção de Laura tapando a boca
da moça com uma de suas mãos e colocando o dedo indicador na frente da sua
boca indicando pra ela ficar em silêncio, alguém estava entrando naquele quarto.

A maçaneta girava e em seguida a porta dupla da Suíte Máster se abria, Teresa

era a primeira a entrar, ela olhava tudo a sua volta um pouco assustada meio que

perdida...
Era um quarto realmente imenso, havia uma grande cama, uma sala, um
mezanino, uma sala de leitura e uma lareira com uma TV sobre ela... Tudo
muito amplo, espaçoso e escuro por causa das cortinas das Janelas que
estavam fechadas!


-Eu não posso concordar com isto tia Stella!

Logo em seguida a tia Stella entrava no quarto, ela se apressava para abrir
as cortinas e a janela que dava acesso a uma grande sacada, a claridade
entrava com uma certa violência naquele quarto... Teresa encarava triste um
retrato sobre um dos criados mudos ao lado da cama... Era um retrato dela
ao lado de Ricardo em seu casamento.
Teresa tentava demonstrar uma força interior que não condizia com a realidade, afinal, entrar naquele quarto não era uma de suas prioridades nestes dias
infelizes.


-Eu não acho que a família do Ricardo vá abrir um processo contra mim.
-Afinal tudo está em meu nome, inclusive a Kagi.
-O testamento do Ricardo comprova tudo

Tia Stella se aproxima da Lareira olhando um retrato ali mantido, uma foto antiga
de Ricardo sorrindo, Stella pega o retrato e se senta numa das poltronas da Sala
do Quarto cruzando as pernas,mantendo o retrato no colo enquanto olha para sua
sobrinha que ainda está parada e observando a foto do casamento.


­-Tia, o Ricardo deixou tudo o que ele conquistou na vida dele, em meu nome.
-E eu já tinha tudo... A Couvenant, a fortuna dos meus pais...
-Eu sei que a senhora não tinha muita simpatia por ele...

Tia Stella a interrompe erguendo uma das mãos.

-Sorry Darling! Eu não tenho simpatia é pela família dele, o Ricardo era só uma parte
desta antipatia.

Teresa não se sente bem permanecendo naquele quarto, e se mostra mais
nervosa que de costume.


-Devemos tudo ao Ricardo tia!
-Temos que dar graças a Deus que o Ricardo não deu ouvidos aos planos executivos do meu pai, temos que dar Graças a Deus por ele ter pego todos os lucros e aplicar nos
investidores certos. Ele tirou a Couvenant do negativo e a transformou em uma das
empresas mais lucrativas e rentáveis deste pais, criou a Kagi e a usou para lidar com
pequenos investidores que a Couvenant ignorava até então.
-É graças ao meu marido, graças ao Ricardo que temos tudo isso!

Stella ergue o retrato de Ricardo, ela olha para Teresa de maneira fria e
compenetrada.


-Ricardo está morto minha querida Teresa.
-Apesar de eu não suportar ter que ficar olhando para o Ricardo, durante todos estes anos, casado com você, devo admitir que ele fez um trabalho espetacular a frente da
Couvenant, mas nunca deixei de acreditar que se tratava de um belo golpe em uma
jovem rica e de família tradicional feito você.
-A questão é, acredita mesmo que aquelas pessoas lá embaixo sejam de fato a sua
família agora?
-Você tem certeza de que eles não moverão nenhum processo contra você com a
nojenta intenção de ficarem com a empresa que um deles criou graças ao dinheiro
dos Chiveras?  

Teresa olha para sua tia um tanto quanto indignada com aquela questão
levantada, mas sabia que havia um fundo de verdade no que ela dizia.


-Eu não vou permitir o desmembramento da Couvenant e da Kagi, tia.
-Estas duas empresas representam a minha família, meu pai e meu marido.
-Sou a acionista majoritária de ambas e as empresas são um espelho uma da outra.
-Farei os investimentos que forem necessários para equilibra-las mas não permitirei
que todo o esforço das pessoas que eu mais amei neste mundo sejam jogados na lama.
-A família do Ricardo tem direitos garantidos por lei mas não vou ir além do que elas garantem.

Tia Stella se levanta e coloca o retrato novamente em seu lugar de origem, em cima da lareira.

-Falou como uma verdadeira empresaria agora.
-Seus anos morando comigo e estudando na Universidade de Columbia, não foi em vão minha querida.
-Seu bisavô tinha uma ideia bem definida, quando a lei não estava do lado dele ou
quando a lei não existia, os Chiveras geralmente criavam suas próprias leis.
-Olhando para você agora, tenho certeza de uma coisa.
-Posso voltar para o esplendor de Nova York de consciência limpa.

Teresa olha abismada para sua tia.


-A senhora se deslocou de tão longe só pra ter certeza se eu seria capaz de manter
a empresa?

-Teresa meu amor, não acreditou que eu abandonaria a Quinta Avenida só pra me
misturar a esta gentinha espalhafatosa?!
-Sem falar naquela coisa estranha que compartilha o mesmo nome que o meu!

Rindo por motivos pessoais, Teresa encara sua tia como um ícone da tradição Chivera que nasceu a tantos anos atrás e parece fadado a morrer com ela.

-Tia, o nome da Estela começa com “E”, o nome da senhora começa com “S” e ainda
a senhora tem dois “L” pra variar...

Tia Stella sorri para Teresa de maneira superior.

-Graças a todos os deuses existe alguma coisa pra diferenciar meu nome daquela coisa.

Teresa olha para o quarto inteiro antes de sair, tia Stella segura o braço de Teresa e olha para a foto de Ricardo.

-Minha filha, eu já perdi mais de um marido nesta vida.
-Seguir em frente, é a única opção que temos.
-É a única opção.
-Ficar presa ao passado não é o que Ricardo gostaria, eu não o odiava, nem o amava,mas eu aprendi a respeita-lo.
-Só mais uma coisa minha querida Teresa.
-Desconfie de todos que não tenha o sobrenome Chivera.
-Agora vamos descer, temos que continuar fingindo que somos pessoas adoráveis e de muita classe para aquela família intragável e que ainda os respeitamos e pior, ainda respeitamos a falsa dor que eles sentem pela morte do Ricardo.

Stella segura a mão de sua sobrinha e então elas fecham a porta daquele quarto cheio de lembranças deixando-o para trás.
No banheiro, Laura e Cezar se entreolham.
Cezar sai apressado deixando Laura para trás.
Laura sorri como se estivesse se aprofundando nos mistérios que cercam a tradicional família Chivera... Será?
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