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 Marcados pelo destino – Capítulo 8

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Babi Ellem

Babi Ellem


Idade : 31
Cidade : COTIA

Marcados pelo destino – Capítulo 8 Empty
MensagemAssunto: Marcados pelo destino – Capítulo 8   Marcados pelo destino – Capítulo 8 Empty25.09.13 15:02

Branca como cera, Jéssica entrou em casa apressada, fechando a porta com estrondo. Sua mãe, que estava vendo televisão na sala, percebeu a chegada da filha pelo barulho. Lurdes era a única pessoa de quem Jéssica realmente gostava. Ainda virada de costas para a mãe, procurou tranquilizar-se para não assustá-la e foi ao encontro dela.
- Jéssica? – chamou Lurdes sentada na poltrona olhando para a porta.
- Boa noite, mãe. Tudo bem? –cumprimentou Jéssica, com um beijo, após colocar a bolsa no sofá.
- Tudo, e você? – respondeu, devolvendo-lhe o beijo.
- Estou bem, mãe. Mãe, será que podemos conversar?
- Claro. O que houve?
- Ricardo e eu não estamos mais namorando. Nós não temos mais nada um com o outro. Definitivamente.
- Como assim, por quê?
- Ele está irreconhecível. Não é mais o mesmo Ricardo de antes, aquele que você conheceu. Bem, é complicado dizer. – simulou sem escrúpulos.
- Bem, seja o que for, me diga, filha.
- O dono da lanchonete em que a gente foi se encontrar da última vez é amigo dele e disse que ele não quer mais saber de trabalhar. Passa as tardes bebendo. Sempre sai bêbado da lanchonete. E parece que também mexe com coisas mais pesadas.
- Com drogas, também? – assustou-se Lurdes.
- Não sei ao certo. Mas acho provável. – concluiu, maldosa.
- Um rapaz tão bom! Isso é uma pena! Quanto tempo faz isso, por que não me contou antes?
- Faz 2 semanas que a gente terminou. Não queria te preocupar, por isso não contei, mas acabei obrigada porque ele deixou de ser bom. No último encontro que tivemos, eu já sabia de tudo e tentei comentar com ele, para saber se era boato ou não. Ele desconversou.  Sai andando e ele não queria me deixar voltar para casa. Foi agressivo, apertou meu braço e começou a gritar comigo em público. Graças a Deus o segurança estava lá para me defender. Devia ter bebido antes de ir me encontrar. Sem contar que vive me perseguindo. Ele ameaça me difamar caso não volte para ele. Estou avisando para que a senhora não o receba, pois tenho certeza de que ele virá aqui interceder. Não quero mais saber dele, não há o que conversar.
- Fique tranquila, eu te entendo. Não o deixarei se aproximar. Fez muito bem em ter acabado com esse relacionamento. Tem todo o meu apoio. Mas vai ficar desprotegida, como um homem desses, perigoso, te perseguindo?
- Não, mãe, quanto a isso, não há mais problema. Estou conhecendo um rapaz maravilhoso. Eu já o conhecia antes, ele estava interessado, mas eu era comprometida. Soube desse problema do Ricardo e, de uns dias para cá, resolvi dar uma chance a ele. Estamos namorando, é bem recente. – completou Jéssica, toda feliz.
- Puxa, que maravilha! Essa é uma ótima notícia e me deixa mais tranquila. Esse é um bom rapaz, não é? Como se conheceram?
 
Jéssica contou tudo para a mãe sobre como conheceu Leandro, omitindo algumas partes e inventando outras. Foi totalmente sincera quanto ao estilo de vida do rapaz. Sabia que a mãe aprovaria, pois Leandro é do tipo esforçado. Terminou a conversa prometendo que logo o apresentaria e que, dessa vez, tudo daria certo.
Foi para o quarto e fez uma ligação.
- Oi, Jéssica. – disse a voz masculina do outro lado da linha.
- Olá, idiota. Hoje foi a última vez. Nunca mais se aproxime de mim nem tente falar com minha mãe. Não vai funcionar. Para ela, o bêbado drogado está morto e enterrado. Armei direitinho contra você. Eu tentei resolver tudo e você quis me chantagear, não quis?Agora, engula suas ameaças. Ninguém vai mais acreditar em você. Passar bem, canalha. – disse, gargalhando.
 
Jéssica desligou o telefone sem nem ao menos esperar resposta e Ricardo ficou completamente paralisado, perplexo com a ligação. Não sabia mais como agir. Jéssica parecia outra pessoa, armou contra ele de forma totalmente covarde. Estava cheio de raiva e com o coração partido. Essa não era a Jéssica, a sua Jéssica. E ele não deixaria de amar assim tão fácil a Jéssica que conhecera em outros tempos. Precisava deixar o tempo passar, era a única saída que conseguia ver. Cansado de pensar, tentou dormir, até que, às 3h, conseguiu conciliar o sono.
 
 
 
 
Leandro chegou a casa e foi chamado no escritório do pai.
 
- Leandro, podemos conversar?
- Claro, pai. Algum problema na empresa?
- Não, lá na empresa está tudo bem. O que me preocupam são as suas saídas com essa pessoa misteriosa. Sei que você é um homem, não quero me meter em sua vida, mas me preocupo, filho. Você encerra o expediente mais cedo só para poder sair. Com certeza é com uma namorada. Não quero ser indiscreto, mas, você começou a se encontrar com a garota da Internet, filho?
- É uma garota, mas não a da Internet. Nathália e eu não temos mais nada. Não me pergunte o motivo, por favor. Estou namorando essa nova garota. Não queria te preocupar, por isso, esperei para falar. Mas, como sempre, o senhor foi mais esperto. No momento certo, eu a trarei aqui para que a conheça. Perdoe-me por não ter dito antes.
- Tudo bem, filho, você tem seus motivos e eu os respeito. Traga-a quando quiser. Desejo a vocês toda a felicidade.
- Obrigado, pai. Vou falar com ela. Agora vou me trocar para ir para o restaurante antes que me atrase.
- Até amanhã, pai, e obrigado.
- Por nada, filho, até amanhã.
 
Leandro saiu de casa contente. Praticamente, já tinha a aprovação do pai. Sabia que sempre podia contar com ele. Ele até queria conhecê-la! Achou ótimo. Bastava saber como sua mãe reagiria, já que, apesar da convivência em casa e no restaurante, vivia de semblante fechado e implicando com Leandro sem motivos aparentes. Essa era a principal razão de sempre desejar sair de casa: não conseguia viver em harmonia com sua mãe no papel de filho, somente no papel de funcionário.
 
 
 
 
 

 
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