Sandra e Rafaela estão em péssimo estado, de repente Telma chega, muito debilitada e com uma bengala.
Telma: O que está acontecendo aqui?
Nanda congela.
Telma insiste: Anda, me fala Nanda, o que tá acontecendo aqui?
Nanda se explica: Dona Telma, eu não te falei pra ficar no quartinho que eu te deixei, pra evitar acidentes.
Telma não engole: Sinceramente Nanda, aquele quarto escuro é cheio de mofo, e agora minha perna está melhorando, não estou mais tão doente assim, posso voltar a liderar o orfanato.
Nanda, se fazendo de inocente: Claro, eu só queria o seu bem.
Telma, começando a se irritar: Sandra, Rafa, o que aconteceu aqui?
Sandra encara a malvada: Foi a Nanda, dona Telma, ela nos proibiu de ir te visitar!
Telma, indignada: Como é?
Nanda, vendo seu plano cair: Não, a senhora entendeu tudo errado dona Telma, é que a senhora estava muito debilitada e...
Rafaela resolve falar também: Ela me fez limpar toda a cozinha, humilha todo mundo, nossas vidas estão um inferno por causa da Nanda!
Nanda reverte o jogo: Como é? Eu só faço o bem pra vocês, tento ser amiga!
Sandra, sem paciência: Já que é pra falar, eu falo, ela nos trancou a noite toda no porão só porque a gente queria ir te visitar!
Telma, perplexa: Nanda, como você pode ser capaz disso, eu confiei o orfanato a você, achei que estava em boas mãos!
Nanda, já sem saber o que inventar: É mentira! Mentira delas, eu só as repreendi porque elas derrubaram um vaso, foi só isso, aí eu mandei elas pegarem a pá nesse quartinho, pra limpar.
Sandra, olhando enojadamente para a inspetora: Mentirosa é você, que humilha a todos nós, só falta agredir!
Telma respira fundo: Crianças, vão pra sala, eu preciso ter uma conversa com a Fernanda.
Sandra e Rafaela aceitam.
Telma e Nanda se sentam na mesa.
Telma, franca: Qual o objetivo disso, Nanda? Porque maltratar as crianças?
Nanda, um pouco mais calma: Eu não maltratei ninguém, juro, eu tenho muitos sobrinhos e trato eles muito bem, amo crianças, senão pra quê eu escolheria esse emprego?
Telma, seca: A Sandrinha não mente, nunca, ela teve motivos pra falar isso.
Nanda, sem encarar sua líder: Talvez eu tenha me descontrolado um pouco, as vezes acontece, é normal...
Telma, piedosa: Eu também antigamente não tinha paciência, mas com o tempo você aprende a lição mais importante, que é a do amor mutuo.
Flashback:
Hospício. 1 ano atrás.
Pâmela, a líder da aula, anda de um lado para o outro: Bom, pessoal hoje aqui nós teremos uma lição sobre amor mutuo, temos que aprender a nos respeitar, então vamos começar olhando para a pessoa do seu lado direito e dando um sorriso, para demonstrar a simpatia.
Zilda, uma das alunas, repara que a pessoa de seu lado não quer se virar.
Zilda, irritada: Professora, a Nanda, ela não quer olhar pra mim!
Pâmela, carinhosa: Vamos Nanda, não seja tímida, estamos aqui para aprender a controlar nossos sentimentos, é por isso que toda quarta e sexta eu venho pra esse hospício, para nós todos aprendermos um com o outro.
Nanda se revolta: Eu odeio o amor, e eu ainda vou sair dessa porcaria de hospício! Essa droga! Esse lixo! Eu odeio todos, porque eu sei que não existe amor no mundo, só ódeio e destruição e principalmente o ódio!
Pâmela tenta acalmar a aluna: Não é assim, Nanda, tem muito amor também e quanto mais tiver melhor.
Nanda joga o caderno na professora: Hipócrita, mentirosa! Não existe amor, nunca existirá!
Zilda provoca: Você é a unica de nós que não progrediu, porque é uma louca, nem pra terapia serve!
Nanda começa a puxar os cabelos de Zilda e a joga no chão: EU NÃO SOU LOUCA! NÃO SOU! EU SOU A UNICA QUE ENXERGA A REALIDADE!
Volta a cena.
Telma: Tá me ouvindo?
Nanda, atordoada: Sim, eu vou me controlar, juro, me desculpe por tudo- Ela sai.
Telma vai até a sala: Crianças, não se preocupem, eu falei com a Fernanda, ela vai se controlar.
Caio se lembra: Até arma ela apontou pra mim!
Telma acalma os órfãos: Eu vou falar com ela novamente hoje a noite, qualquer coisa...Tiro ela do orfanato!
Nanda, no quarto fica se balançando na cadeira de um lado para o outro: Eu preciso eliminar todos, esse orfanato é o lugar perfeito, ninguém nunca vai me achar aqui! Nem o hospício, nem a policia- Ela pega sua arma- E vou começar pela unica que pode me deter, a Telma! Quando ela menos esperar...Eu mato ela.
Praia da Barra.
André, debochando: Nossa, Marta, quer dizer que você a Verônica já vão pro exterior?
Marta responde á altura dele, o encarando firmemente: Sim, eu e ela nos amamos, como eu nunca tinha amado antes, por isso talvez eu fosse tão ríspida e cruel, mas agora eu voltei a sorrir de alegria novamente.
André começa a rir: Felicidade à vocês duas.
Bruno, ainda em choque: Eu confesso que eu não sabia...Que você gostava de...
Marta completa: Mulher? Eu também não sabia, mas descobri, a gente descobre muita coisa ao longo da vida, mesmo na terceira idade.
Bruno, sério: Faça o que te deixar feliz, mãe, mas eu te peço...Volte lá em casa, vá conversar com o papai, de uma maneira melhor porque você saiu de repente e acabou não conversando direito com ele, talvez por isso o abalo.
Marta jura: Eu faço isso antes de ir, meu filho, faço mesmo.
Hotel...
Laura, zanzando sem parar: Ah, o Artur deve estar saindo com a outra, mãe e eu tenho vontade de matar ela.
Efesta lê uma revista sobre moda: Filha, me dá o nome da sujeita que eu tenho um papo reto com ela.
Laura, fulminante: Não, eu sei me defender.
Efesta: Claro que sabe, eu mesmo te ensinei, mas eu é que queria ver a cara da bandida, a tal de Zofia né?
Laura corrige: Sofia.
Efesta ensina à filha: Tanto faz, aposto que não é mais linda que você, mas não se preocupe, hoje a noite tente seduzir o Artur, ele vai mudar de ideia, caso não mude eu mesmo trato de separar os dois!
Laura: É isso mesmo, vou no shopping agora comprar uma lingerie, tchau- Ela abre a porta e dá de cara com Pedro- Pedro? O Artur saiu e não voltou até agora, quer deixar recado?
Pedro, triste: Eu queria falar com a sua mãe, ela está?
Laura, simpáticamente: Claro, entra, eu vou no shopping, tchau.
Pedro entra: Efesta se não for te atrapalhar...
Efesta, receptiva: Nunca, você nunca me atrapalha, Pedrinho, senta, quer algo pra beber?
Pedro, carente: Só quero conversar, preciso de um ombro amigo.
Efesta, animada: Eu tenho mais que ombros, tenho ombretas, me fala, é sobre a Lorena?
Pedro, misturando suas emoções: Sim, eu não consigo olhar pra cara dela mais, tenho vontade de...
Efesta simplifica: Calma! Sem estresse, o que você tem a fazer é simples, querido, se separar!
Capítulo 41 postado, pessoal, essa cena enorme de Telma e Nanda foi necessária para entendermos mais a história dela e seu carater psicopático, sua falsidade, amanhã temos mais. ENQUETE: PEDRO DEVE SE SEPARAR DE LORENA? Frase: " Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida." Platão.