A Vingança || Capítulo 33

Marta: Ele não está, é melhor você ir embora.

Cristina: Eu não vim até aqui pra nada, vou esperar ele chegar.

Marta: Vai embora agora Cristina!

Cristina bate com força a porta, puxa a arma da bolsa e aponta para Marta.

Cristina: Só saio daqui depois de ter acabado com os dois!

Marta recua e se senta no sofá.

Marta: O que é isso Cristina, pra que isso? Abaixe essa arma!

Cristina: Cala a boca sua velha cachaceira!

Marta: Por favor não faça nada comigo!

Cristina: Não se preocupe querida, eu prometo que coloco umas garrafas de pinga na sua cova!

Marta permanece calada, em pânico.

Paula se levanta cama e se veste.

Paula: Eu não posso demorar, ainda tenho que ir na casa de uma amiga, eu disse para o André que iria até lá.

Ricardo: Até quando vou ter que te dividir com ele hein?

Paula: Já conversamos sobre isso, eu não posso me separar do meu marido!

Ricardo: Um dia você vai se ver livre dele.

Paula: E quem te disse que eu não sou livre? Eu sou uma mulher muito realizada.

Ricardo: Quem te realiza na cama sou eu!

Paula: Eu tenho que ir, Paula pega sua bolsa e sai.

André (pensando furioso): Eu preciso pegar essa mulher no flagrante, ela não vai poder negar o que eu ver com meus próprios olhos! Sou capaz de fazer uma besteira ...

Cláudia: Que estranha essa história do André...

João Carlos: Você não deveria ter dito que ela não te ligou.

Cláudia: Falei sem pensar, será que ela está enganando ele?

João Carlos: Isso não é da nossa conta, cuide somente da sua vida!

Cláudia: Mas a Paula é minha amiga...

João Carlos: Eu não quero saber mais dessa mulher aqui em casa.

Cláudia: Posso saber o motivo?

João Carlos: Não quero você andando com vagabundas, a menos que você também seja como ela!

Cláudia: Que absurdo João Carlos! Eu estou cansada de tudo isso, estou cansada de você me destratar!

João Carlos: É mesmo? Vai fazer o que? Por acaso vai fugir do seu lar?

Cláudia: Não me force a chegar a tal ponto.

João Carlos: Você seria muito, mas muito infeliz sem mim!

Cláudia: Não mais do que já sou.

Cláudia sobe para seu quarto.

Daniela: Nathy, eu quero te levar a um lugar.

Nathalia: Me levar para onde?

Daniela: Você vai ver.

Cristina continua com a arma apontada para Marta.

Cristina: Sua velha decrépita, onde está o Marcos?

Marta (apavorada): Eu já te falei que não sei!

Cristina puxa Marta pelos cabelos e a joga contra uma estante. Marta cai ao chão.

Cristina: Acho que não vou nem precisar usar essa arma com você, vou te matar de porrada, quem sabe um traumatismo craniano hein? Não seria uma má ideia!  

Marta (chorando): Por favor, eu já te falei que não sei onde ele está! Me deixe em paz por favor!

Cristina: Eu preciso acabar com os dois, começando por você!

Cristina aponta a arma para Marta e puxa o gatilho.

Daniela e Nathalia descem do taxi.

Nathalia: Precisamos de um carro, você não acha? _Nathalia sorri_

Daniela: É aqui!

Daniela olha fixamente para uma mansão a sua frente.

Nathalia: O que tem ai?

Daniela: Essa é a minha casa, foi aí que tudo ocorreu.

Nathalia olha para Daniela e vê uma lágrima cair dos olhos dela.

Nathalia: Nossa Dani, essa casa deve te trazer muitas recordações.

Daniela: Sim, recordações boas e ruins.

Nathalia: Lembre-se dos momentos bons!

Daniela: E dos maus momentos também, esses eu não posso esquecer de maneira alguma! Eles vão me pagar por tudo, por tudo que eu passei aqui, por tudo que eu sofri!

Nathalia: Dani, vamos embora.

Daniela: Eu vou comprar essa casa de volta.

Nathalia: O que?

Daniela: Eu disse que vou comprar essa casa de volta! É a memória do meu pai e da minha mãe que estão aí! Essa casa vai voltar a ser minha!

A campainha toca e João Carlos faz questão de atender.

João Carlos: A Cláudia não está.

Paula: Oi pra você também João Carlos.

João Carlos: Se não se importa eu estou muito ocupado.

João bate a porta.

Paula: An? Esse homem é doido viu, homem não, esse ogro!

Paula entra no carro de volta para casa.

Cristina puxa o gatilho mas nada acontece, pois a arma está sem munição. Ela puxa novamente, puxa pela terceira vez.

Cristina (gritando): INFERNOOO! Será possível que vou ter que fazer um pacto com o demônio para poder ter paz???

Marta sorri aliviada.

Cristina sai batendo a porta furiosa. Entra em seu carro e sai.

Em instantes Marcos chega e encontra Marta sentada no sofá, tremendo, bebendo um copo com água.

Marta: Ai Marcos, ainda bem que você chegou!

Marcos: O que aconteceu aqui?

Marta: Foi a Cristina, ela esteve aqui, tentou me matar mas por sorte a arma não disparou, antes disso ela me bateu, me jogou no chão, estou toda acabada aqui!

Marcos: Tentou te matar? É, a Daniela apareceu em boa hora!

Marta: A doida da Cristina quer te matar Marcos.

Marcos: Fique tranquila, a hora dela já chegou!

Paula entra chamando por André.

Paula: Amor, cheguei.

Paula avista André em pé na cozinha com uma faca na mão.

Paula: Amor?

André permanece em silêncio.