07.11.2013
Mais um dia agitado começa em São Paulo. Carolina chega na lanchonete e
encontra Lúcia limpando as mesas.
Carolina: Bom dia Lúcia.
Lúcia: Bom dia Carolina! Que sorriso lindo é esse?
Carolina: É que a minha mãe veio me visitar ontem à noite e vai ficar alguns
dias na minha casa. Estava muito ruim ficar longe dela.
Lúcia: E por que ela não vem morar aqui com você?
Carolina: Estou tentando convencê-la disso.
Lúcia: Queria tanto que minha filha me amasse dessa maneira, mas ela me
odeia, isso me dói tanto.
Carolina: Lúcia, precisa se aproximar dela, vai ser o único jeito de tirar esse
sofrimento do seu coração.
Lúcia: Não posso Carolina, sou muito fraca, não tenho forças para enfrentar
meu passado. E tudo foi culpa daquele miserável do Juca, ele destruiu a minha
família.
Carolina: Você ainda gosta dele?
Lúcia: Não, sinto muita raiva dele, somente raiva, ele só me enganou durante
esse tempo todo e fui uma burra em confiar naquele bandido, estava cega
de paixão.
Carolina: Calma amiga, você pode recomeçar sua vida.
Lúcia: Você também vai começar uma vida nova ao lado do filho que está
crescendo nessa barriga.
Carolina: O meu filho é a coisa mais importante da minha vida agora, mas vou
ter que enfrentar meu marido.
Lúcia: Como assim?
Carolina: O José não quer esse filho. Ele quer que eu faça um aborto.
Lúcia: Um aborto? Mas que coisa horrível!
Carolina: Só que não vou tirar o meu filho, não vou, não vou mesmo. Vou lutar
com todas as minhas forças por essa criança.
Lúcia: Como você pode continuar casada com um monstro desse?
Carolina: Sinto que o nosso casamento está no fim. Não suporto mais, não
suporto mais ele Lúcia!
Lúcia: Ei! Você também pode contar comigo, tá?
Jorge fuma um cigarro enquanto caminha pelos campos da fazenda Moraes
quando de repente repara que está sendo seguido por alguém e ao se virar
para trás tem uma surpresa, logo é tomado pelo medo. Um homem com um
capacete na cabeça sentado numa moto aponta um revólver na sua direção.
Jorge: Mas... o que é isso? É um assalto?
Juca: Não, acho que agora chegou o fim da sua vida.
Jorge: Calma, espera, por favor...
Jorge tenta se afastar lentamente, mas Juca dispara e o velho cai no chão. E
logo é atingido por mais dois tiros. A cena foi interrompida com o som de um
grito, então o assassino foge dirigindo a moto em alta velocidade até a saída
da fazenda.
Roberto: Paiiiiiii!
Roberto desesperado se joga de joelhos na grama ao sair do celeiro e se
deparar com o pesadelo.
Continua no próximo capítulo...
