Cena 1 – Morumbi (Dia). Cemitério.
Camila: Você matou o seu próprio pai? Como você teve coragem de fazer uma crueldade dessas?
Guilherme: Mas eu não o matei por que eu quis...
Camila: Você é um monstro, um monstro – Guilherme a puxa pelo braço quando percebe que ela está indo embora.
Guilherme: Estava chovendo, eu me distrai por um segundo e...
Camila: Me solta, me solta! Assassino. – Ela vai embora correndo deixando Guilherme aos prantos.
Cena 2 – Paraisópolis (Dia). Rua.
Gustavo está saindo da casa de Andressa quando vê Mariana passando.
Gustavo: A Camila está em casa?
Mariana: Não, não está! Aliás ela me contou sobre o beijo que rolou entre vocês.
Gustavo: Aé? Acho que mexeu com ela, não é mesmo?
Mariana: Se você não for meu Gustavo, você não vai ser de mais ninguém.
Gustavo: Isso é uma ameaça? Já tem muito tempo que nós não temos mais nada um com outro Mariana, vê se me esquece.
Mariana: Eu nunca vou admitir que você me troque por outra. Se eu não posso ser feliz, do que depender de mim, ninguém será. Enquanto ao seu caso com a Camila, quando ela me contou sobre o beijo a raiva começou a me corroer por dentro e... Eu não vou medir esforços, sou imensamente grata a ela por toda a ajuda que ela me concedeu mas...
Gustavo: Chega! Eu nunca mais vou ter nada com você, e você sabe muito bem o porque. Enfim, eu estou sim caidinho pela sua amiga.
Mariana: Não, você não está caidinho por ela, você apenas sente remorso pelo que fez.
Gustavo: Você tem o dom de cutucar nas feridas da pessoa né? Esse é o seu divertimento.
Mariana: Saiba que eu já estou mexendo os meus pauzinhos e logo, logo se você não parar com essa bobagem de que está apaixonado pela Camila alguns eventos... Ruins irão acontecer com ela. Fica a dica. – Mariana começa a caminhar em direção à sua casa.
Gustavo: Você sabia que a filha da Andressa morreu? – Ela vira e ele se aproxima dela falando baixo em seu ouvido – Ela me disse que você foi a ultima à ver a Emily acordada. Tenho minhas dúvidas sobre essa morte repentina. Nós dois sabemos do que você é capaz, não é mesmo? – Mariana sai sem dizer uma palavra.
Cena 3 – Morumbi (Noite). Mansão Oliveira.
Guilherme deitado em sua cama iluminada pela luz do luar. Ele começa a pensar em Camila e em seu pai. Lágrimas começam a escorrer.
Guilherme: Senhor me mande uma luz, tudo na minha vida está de cabeça pra baixo, estou com meu coração partido em mil pedaços.
Cena 4 – Paraisópolis (Noite). Casa de Camila.
Mariana e Camila estão sentadas na mesa jantando, quando a campainha toca e Camila sai para atender.
Camila: O que você está fazendo aqui?
Gustavo: Será que eu posso falar com você?
Camila: Até poderia, mas eu não tenho nada para falar com você. – Ela começa a caminhar para dentro de casa.
Gustavo: Desde o primeiro dia em que eu te vi, não consigo mais parar de pensar em você. Sempre quis ter coragem para fazer o que fiz ontem. Aquele beijo foi tão... mágico. Por favor Camila, eu te peço, me dê uma chance, apenas uma.
Camila: O que você está...
Gustavo: Eu te amo, quero você ao meu lado, preciso de você comigo. – Camila se aproxima do portão novamente.
Camila: Não posso, não estou preparada para entrar em um relacionamento.
Gustavo: Essas palavras não são suas e sim da Mariana, é ela quem não pode, que nunca está pronta para um relacionamento, não você. Você apenas... segue os passos dela. – Camila abre o portão e os dois se beijam, Mariana vê tudo.
Cena 5 – Morumbi (Noite). Mansão Oliveira.
Guilherme pega o carro e sai sem destino, completamente desolado.
Cena 6 – Paraisópolis (Noite). Casa de Camila.
Camila entra escondendo a sua felicidade.
Mariana: E então... gostou do beijo? – Camila se assusta, pois não tinha percebido a presença de Mariana.
Camila: Você viu?
Mariana: Não, não. Vi pela minha bola de cristal. Sabe, nunca pensei que você fosse tão... fraca. – Ela vai para o quarto e pega algo em uma gaveta, sem que Camila perceba Mariana entra no quarto dela e mexe em sua bolsa.
Cena 7 – Pinheiros (Dia). Em frente a empresa.
Camila encontra Guilherme jogado na calçada, aparentemente embriagado, ela para um instante, o analisa, mas segue em frente.
Cena 8 – Pinheiros (Dia). Empresa.
Camila: Bom dia Cléber, a Mariana acordou atrasada, mas daqui a pouco ela está por ai.
Cléber: Eu queria mesmo falar com você.
Camila: Se for pelo fato de eu ter faltado ontem...
Cléber: Por favor, vamos até minha sala. – Eles vão até a sala de Cléber. Entram e se acomodam. – E então você tem algo a me dizer sobre a falta de ontem?
Camila: Eu pedi para que a Mariana te dissesse que eu fui ao enterro de meu ex patrão. – O telefone toca e Cléber atende.
Cléber: Alô. Sim. Pode deixar. – Era Mariana ao telefone, mas ele decidiu não contar nada a Camila. – Será que eu poderia dar uma olhada na sua bolsa?
Camila: Desculpe mas... Por que?
Cléber: Me permite ou não?
Camila: Ta bom. – Ela passa a bolsa a Cléber que encontra um saco de drogas, os dois ficam surpresos.
Cléber: Então é verdade, você está mesmo namorando um usuário. Tenho certeza que você já não é mais a mesma. Arrume suas coisas e saia da minha empresa imediatamente. – Camila fica sem saber o que fazer.
Cena 9 – Paraisópolis (Dia). Casa de Camila.
Mariana: A essa hora a Camilinha deve estar sendo expulsa da empresa à ponta pés. Ha, ha, ha, esse relacionamento não vai continuar ou eu não me chamo Má...riana. – Ela começa a jogar gasolina pela casa e depois ateia fogo, colocando a casa em chamas.
