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 Realeza || Capítulo 48

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AutorMensagem
Rodrigomes
Gold
Rodrigomes


Idade : 25
Cidade : São Paulo

Realeza || Capítulo 48 Empty
MensagemAssunto: Realeza || Capítulo 48   Realeza || Capítulo 48 Empty29.01.15 21:33

QUADRAGÉSIMO OITAVO CAPÍTULO





Cena 1- Rua- Noite.
Gaby tenta se explicar, mas Rafael não a escuta. Ivan puxa ela para dentro do carro.
 
Gaby: Rafael, eu posso te explicar. – Ela se aproxima dele. – Não é nada disso que você está pensando.
Rafael: Vagabunda. É isso o que você é. – Ele não derrama uma lágrima. – Minha mãe estava certa em não aceitar o nosso namoro.
Gaby: Não seja tão imaturo. Deixa eu te explicar o que está acontecendo, por favor.
Rafael: Eu não quero explicação nenhuma. Quero mais é que você suma da minha vida, desapareça para sempre, entendeu?
Gaby: Eu te imploro. – Ela pega-o pelo braço. – Me escute. Tudo não passa de um mal entendido. Sei que errei, mas estou disposta a te explicar.
Rafael: Já disse que não quero explicação. – Ele se solta. – Agora vai lá atender o seu cliente. Tudo está bem claro para mim, bem que não engoli aquela história de barzinho.
Ivan: Qual é? Tá trocando de cliente? – Ele se aproxima com o carro. – Eu vou pagar.
Gaby: Não rola mais. Eu estou acertando alguns problemas pessoais aqui, me deixa.
Rafael: Pode ir. Não quero que me culpe por ter perdido a clientela. – Ele é irônico. – Até nunca mais.
Gaby: Pelo amor de Deus, Rafa, não faz uma coisa dessas comigo. – Ivan sai do carro e a puxa.
Ivan: Vem logo sua vadia. Não é todo dia que eu consigo pegar o carro do meu pai para sair. – Ele a joga dentro do carro. – Eu cheguei primeiro, então você vai ir comigo. – Ele está um tanto que alterado.
 
Cena 2- Boate- Noite.
Melissa reconhece Tiago, o dono da boate. Ele confessa ter postado a foto de Maria Luiza na rede.
 
Maria Luiza: E ai? Encontrou alguma coisa? Achou o cara? – Ela se senta em um banquinho.
Melissa: Nada. – Ela se senta em outro. – Pelo visto ninguém sabe quem é o dono desta espelunca.
Maria Luiza: Só ele pode nos ajudar a encontrarmos a pessoa que não se livrou da minha foto.
Melissa: Mas você não disse que o Ivan tinha vindo até aqui, e tudo o mais?
Maria Luiza: Nós sabemos que alguém não deletou a foto, Melissa. E por mais que o Ivan diga cem vezes que veio até aqui, não irei acreditar nele. Aquele delinquente.
Melissa: Ele pode até ser delinquente, mas é bem gatinho. Se você não quer, tem quem queira, viu?
Maria Luiza: Se você quiser, pode ficar. Mas adianto que ele não é nada que preste. Ainda bem que não me envolvi tanto com aquele marginal.
Melissa: Tudo graças a essa bendita foto. Foi por causa disso que você não se envolveu ainda mais com ele.
Maria Luiza: E também porque eu ainda gosto muito do Jonathan, mesmo com todo os efeitos dele.
Melissa: Eu definitivamente não te entendo. Se você gosta dele, por que não deixou que ele se explicasse?
Maria Luiza: Porque a atitude dele não tem explicação. – Ela cruza os braços. – Ah, eu entendo o que estou passando, e isso é o que importa.
Melissa: Olha ali, Maria Luiza. – Ela aponta. – Foi aquele cara que postou a sua foto. Me recordo de ter acessado o perfil dele.
Maria Luiza: Ele? O rosto dele não é desconhecido. – Ela fala com a mão no queixo.
(FLASHBACK)
Tiago: Isso já deu o que tinha de dar, vamos parar com essa briga.
Maria Luiza: Quem é você? Vai cuidar da sua vida. – Ele pega ela pelo braço, mas Ivan é grosseiro e toma a moça das mãos dele.
Ivan: Tira as mãos da minha namorada, meu irmão. – Completamente irritado. – Vamos embora daqui Maria Luiza. Esta noite já nos divertimos bastante.
(FIM DO FLASHBACK)
Maria Luiza: Hm! Me lembrei. Foi ele quem tentou acabar com a briga. Vamos atrás dele. – Elas caminham até Tiago. – Ei, você.
Tiago: Ora, ora. Vejam se não é a Maria Luiza em minha boate novamente. – Ele fala com um sorriso no rosto.
Maria Luiza: Desgraçado. – Ela dá um tapa na cara dele. – Por que é que você postou a minha foto nas redes sociais?
Tiago: Seu tapa dói, mas confesso que você me excita. – Ele a pega pela cintura. – Só postei para atrair as pessoas. Muita gente gosta de briga, tem uns caras que se amarram em briga de mulher.
Maria Luiza: Me solta seu nojento. – Ela o empurra. – Então foi por isso que o Ivan me garantiu que todas as fotos tinham sido apagadas, ele esqueceu do seu celular.
Tiago: Aquele seu namoradinho é muito dedicado, apareceu aqui no dia seguinte e tudo mais. Mas adianto que ele não é homem suficiente para você.
Maria Luiza: Ele não era meu namorado, era só um amigo. Meu namorado é bem mais barra pesada do que ele. Se eu fosse você, ficava esperto. – Ela ameaça mentindo.
Tiago: Pode ficar tranquila, bonequinha. – Ele passa a mão sobre o rosto dela. – Já removi a publicação, achei que iria pesar para o meu lado se você tomasse conhecimento.
Maria Luiza: Ainda bem que você pensa. Poderia te processar, sabia?
Melissa: Agora que já esclarecemos tudo, vamos embora? – Ela pega a prima pelo braço. – Este lugar já está me dando dor de cabeça com esta barulheira toda.
Tiago: Não vai apresentar a amiguinha, Malu? Adoraria conhece-la.
Melissa: Pena que eu não quero. Vamos Maria Luiza. – Ela a puxa, e as duas vão embora.
Tiago: Removi do meu perfil, mas não do meu celular, gatinha. Aquela foto ainda pode me render alguma coisa com você. – Ele fala para si mesmo.    
 
Cena 3- Apartamento de Leonardo- Noite.
Léo conta para a mãe sobre a reação de Marillu. Luciana aconselha o filho, e eles conversam sobre Riginaldo.
 
Leonardo: Você tinha que vê, mamãe. Ela olhava com tanto nojo para o Frederico e para mim. Me senti uma verdadeira aberração.
Luciana: Não fica assim, meu filho. O importante é que o Frederico te ama, não é? Se ele gosta de você, não precisa se incomodar com a mãe dele.
Leonardo: Como não, mamãe? Ela pode exigir que o Fred me largue. – Ele abraça a mãe. – Não posso nem me imaginar sem ele.
Luciana: Eu também fiquei muito espantada quando soube que você era gay, mas acabei aceitando, não aceitei?
Leonardo: Você é diferente, mamãe, é verdadeiramente um presente de Deus. – Ela o beija na testa. – Não sei se a mãe dele será tão compreensiva.
Luciana: Então você e o seu namorado devem conversar sério sobre isto. Não quero que se decepcione.
Leonardo: Acho que o Frederico já foi mais obediente a mãe, agora ele não é mais.
Luciana: Melhor assim. Ao menos você sabe que pode confiar nele, pois a mãe não tem nenhuma influência sobre o rapaz.
Leonardo: Assim espero, mamãe. Mas, não acha estranho o monstro ter desaparecido? O sumiço dele é meio suspeito.
Luciana: Também estranhei ele ainda não ter vindo me pedir desculpas, mas pode ter certeza que ele virá. Conheço o Riginaldo como a palma da minha mão.
Leonardo: Será que ele não arranjou outra? Do jeito que ele é. Se bem que vai ser difícil encontrar alguém que se apaixone por um ogro daqueles.
Luciana: Se ele vier, eu já tenho todo um plano bolado na minha cabeça. E vou precisar, e muito, da sua ajuda.
Leonardo: Pode dizer, terei o maior prazer em ajuda-la. Não vejo a hora de ver aquele monstro paga por tudo o que fez.
Luciana: Só tem um jeito de colocarmos o Riginaldo atrás das grades de uma vez por todas. Não concederam fiança, muito menos a chance de contatar um advogado. Ele irá mofar na cadeia.
Leonardo: E o que faremos para que isso aconteça? Confesso que estou ansioso por esse dia.
Luciana: O que nós faremos? – Ela olha fixamente para o filho. – Arriscaremos a minha vida.  
 
Cena 4- Cobertura de Severino- Dia.
Severino repreende o filho por ter saído com o seu carro. E ele dá de cara com Frederico e Marillu.
 
Severino: Aonde é que você esteve com o meu carro, rapazinho? Pensou que conseguiria me tapear? – Ele dispara ao ver Ivan entrando.
Ivan: Fui dar uma volta, tomar um ar. Por quê? Não posso mais? Tenho que ficar dia e noite trancado aqui?
Severino: Não estou dizendo isto. Mas é que com você se drogando, tenho que ter medo.
Ivan: Como se se drogar fosse alguma doença. – Ele ironiza. – Fui dá uma volta com o seu carro, e ele continua em perfeito estado. – Ele joga as chaves para o pai.
Severino: Assim espero. – Ivan dá de cara com Frederico e Marillu sentados no sofá, e então olha para o pai. – Não se preocupe, Ivan. Eles podem saber que tenho um filho que é dependente químico.
Ivan: Vocês são clientes do papai? – Ele pergunta, sem graça. – É porque ele costuma ser brincalhão às vezes.
Marillu: Não. Nós não somos clientes do seu pai. Estamos aqui por outro motivo.
Frederico: Aliás, até agora eu não sei o que viemos fazer na casa desse patife. – Ele fala para a mãe, e Ivan o olha de cara feia.
Marillu: E então? Quem começa a falar, Severino? Você ou eu?
Severino: Deixe que eu começo. – Ele se senta no sofá. – Senta ai, Ivan. Seu sono pode esperar mais um pouquinho. – Ivan se senta ao lado dele. – Não sei se disse, mas antes de entrar para a faculdade, eu fiz um curso de etiqueta, aonde eu conheci a Marillu.
Ivan: Marillu é ela? – Ele aponta, e Severino confirma.
Severino: Perto de acabar o curso, nós nos apaixonamos. Namoramos e a Marillu acabou ficando grávida. – Ivan e Frederico se surpreendem.
Ivan: Esse cara é meu irmão? – Ele aponta para Frederico, que pergunta a mesma coisa para a mãe.
Marillu: Deixa o Severino terminar de falar. Tem bastante coisa para ser contada ainda.
Severino: Um ano se passou e meu irmão, Josemar, acabou sumindo de casa. Meus pais e eu ficamos muito preocupados, pensamos até que ele havia morrido. Porém, a Marillu confessou que ele havia fugido para comprar a casa deles, e que ela havia me traído com o meu próprio irmão. Pior do que isso, ela estava grávida dele.
Marillu: Antes de conhecer o Severino, eu era uma jovem muito fútil. Vivia folheando folhas de revista, vendo pessoas famosas, importantes, a elite paulista. Até que acabei conhecendo Alberto Corte Real, um milionário lindo e que eu nunca havia ouvido falar antes, ele estampava a capa de uma revista famosa. Ele era mesmo muito belo e rico, mas nunca daria importância para uma pobretona como eu. Na verdade, ele nem sabia que eu existia e nós nem ao menos nos vimos pessoalmente.
Frederico: Então você se apaixonou pelo Alberto através de uma revista? Realmente, mamãe.
Marillu: Eu era jovem, e era muito normal ter um amor platônico. Acabei desenvolvendo uma paixão tão intensa por ele, que fui me interessando cada vez mais pela vida do rapaz. Em outras revistas, fui descobrindo um a um dos membros da família dele. Até surgir a Marisa, a irmã do Alberto, que ia iniciar um curso de etiqueta, bem caro por sinal. Vi a minha oportunidade de conhecer o amor da minha vida, e decidi que me aproximaria da irmã dele só para isso.
Ivan: Foi ai que você entrou para o curso de etiqueta, onde conheceu o meu pai. Mas você não era pobre? Como pagou um curso tão caro?
Marillu: Meus pais fizeram das tripas coração, ralaram bastante, mas pagaram aquele curso para mim. Já que eu tanto queria, porém, eles não sabiam o porquê de tanto querer. No curso, acabei me aproximando de Marisa, ficamos bem próximos, mas não tanto. – Ela faz uma expressão triste. – Porque ela nunca me convidou para ir à casa dela, nem saíamos juntas. Eu dizia a ela o quanto achava o irmão dela bonito, e adoraria namorar ele. Porém, nunca passei de uma colega de classe para ela.
Frederico: Então, ter entrado para o curso de etiqueta não valeu a pena? Que triste, mamãe.
Severino: Não tem nada de triste nisso. Ela acabou me conhecendo, e nós tivemos um filho. O nosso Ivan.
Ivan: O que? – Ele fica paralisado. – A minha mãe não tinha morrido? Você não matou a minha mãe? Você mentiu para mim?
Severino: Eu menti, pois foi a única coisa que veio a minha mente. Só assim você pararia de perguntar tanto sobre a morte da sua mãe, e eu te pouparia da dolorosa verdade.
Ivan: Só questionava sobre a morte da minha mãe, porque ninguém nunca me deu uma resposta plausível. Nem ao menos me falavam como ela era. Eu sentia muita falta dela, mesmo que eu não tivesse chegado a conhece-la. – Marillu o olha comovida.
Severino: E foi por tanto você me encurralar com esta história, que eu respondi com a primeira coisa que veio a minha cabeça.
Ivan: Aquilo marcou a minha adolescência, a minha vida: o meu pai matou a minha mão por ciúme.
Marillu: Ele só falou isso porque era vergonhoso... falar que a mulher o traiu com o próprio irmão... não é nada fácil falar isso para alguém, ainda mais para um filho. Você precisa entende-lo.
Ivan: Sim. Foi muito doloroso para ele, mas eu não tinha nada a ver com isso. Se minha mãe trocou o meu pai pelo meu tio foi porque ela quis. Eu só merecia a verdade.
Marillu: Por favor, Ivan. Não seja tão duro com o seu pai. – Ela tenta abraça-lo, mas Ivan se esquiva.
Ivan: Não pensem que com a verdade, vocês mudarão o meu jeito de ser. Pois se eu sou assim, é porque vocês me obrigaram a ser desta maneira. – Ele vai para o quarto.
Marillu: E agora? Como vamos fazer para concertar isso?
Frederico: Quem diria. Dona Marillu tem outro filho. – Ele fala, pasmo.     
 
Cena 5- Clube Realeza- Dia.
Jonathan e Rafael conversam sobre o término de seus respectivos relacionamentos.
 
Jonathan: O que foi que aconteceu entre você e a mamãe ontem, hein? Ela contou que vocês se desentenderam.
Rafael: A mamãe estava tentando me mostrar, o que eu me recusava em ver. Ela tentou abrir os meus olhos, mas eu não quis ouvi-la.
Jonathan: O que é que tá pegando? Você quer desabafar comigo?
Rafael: Eu estava namorando, mas não contei nada para a mamãe. E só não contei porque... era outra prostituta.
Jonathan: Ih, já até imagino o que deve ter acontecido. A mamãe não aceitou o namoro, não é?
Rafael: Sim. Porém, ela estava certa, pois a Gaby era igual a Lilla: não se importava com os meus sentimentos. Aquela vagabunda me enganou, Jonathan. Acredita que ela estava se prostituindo, mesmo namorando comigo?
Jonathan: Ué, mas você e a Lilla também namoravam assim. Ela explicou que era a única fonte de dinheiro dela, e você aceitou. Por que resolveu ser contra somente agora, com a outra?
Rafael: Porque ela me prometeu que iria largar aquilo, só para namorar comigo. Pois ela não achava justo namorar um, e transar com outros. Já a Lilla não me prometeu nada disso, ela explicou que não podia deixar aquela vida.
Jonathan: É. Olhando por esse lado, ela estava mesmo errada. Então quer dizer que você brigou com a mamãe por nada?
Rafael: Absolutamente nada. – Ele fala triste. – Mas eu irei buscar ela no trabalho, e vou ir pelo caminho todo pedindo perdão.
Jonathan: É o mínimo que você pode fazer. Agora, quem também não tem sorte no amor é seu irmãozinho aqui.
Rafael: O que tá pegando?
Jonathan: A Melissa me deixou. Parece que ela percebeu que... ainda sou apaixonado pela Maria Luiza.
Rafael: Vish, ainda não desencantou? A Malu já deve estar em outra, Jou. Se eu fosse você, partiria para outra.
Jonathan: Mesmo depois de tudo o que ela me disse, continuo completamente apaixonado por aquela gatinha. Eu ainda a amo, Rafa, e muito.    
 
Cena 6- Mansão Corte Real- Dia.
Gaby questiona Lilla se ela tem algo a ver por Rafael ter descoberto que ela continuava se prostituindo. Regina diz que se desentendeu com o filho, e que o mesmo saiu de cabeça quente.
 
Gaby: Fala a verdade. – Ela chega na cozinha. – Tem um dedo seu naquela cena de ontem, não tem?
Lilla: Desculpa, mas eu não faço a mínima do que esteja falando. Me poupe, não é querida? Tenho mais o que fazer.
Gaby: É impressionante como você não consegue ser feliz, e não quer que ninguém seja. Por que não vai cuidar da sua vida? Deixa o Rafael e eu em paz.
Lilla: Queridinha, o Rafael para mim é passado. Agora, se ele quiser voltar... o rapaz transa bem, não é? – Ela provoca. – Oh, homem gostoso.
Gaby: Cala a sua boca. – Ela dá um tapa na cara de Lilla. – Por que você não ficou lá onde estava? Não fazia falta nenhuma para ninguém.
Lilla: Não foi isso o que eu fiquei sabendo. O Rafa não tentou tirar a própria vida por causa de mim? Acho que ele nunca faria o mesmo por você.
Gaby: Você é uma imunda. A José que não abra os olhos com você. Daqui a pouco está roubando ela.
Regina: Não é querendo defender essa vadia não, mas acho que ela não tem nada a ver com isso, Gaby. – Ela interfere. – Ontem acabei me desentendendo com o meu filho. Ele saiu de casa furioso, e deve ter sido ai que ele acabou te encontrando.
Gaby: Vocês se desentenderam... por causa de mim? – Ela pergunta mais calma. – Não queria provocar isso entre vocês.
Regina: Mas provocou. E nem precisa se preocupar. Pelo visto, ele percebeu que eu estava certa. O que foi que ele viu?
Gaby: Deixe que ele mesmo te conte. Acho que não faço mais parte da sua família. – Ela sai.
Lilla: O Rafael sempre me deu de tudo. Mesmo que eu não pedisse, ele vinha com um agradinho. Até que eu tenho saudade dele, do meu anjinho.
Regina: Você não para de ser cínica? Se você soubesse como eu odeio falsidade.
Lilla: Não estou sendo falsa não. – Ela é sincera. – O Rafael me fez muito feliz, como nenhum outro homem me fez. Não digo somente na cama, mas em todos os aspectos. Ele me deu valor, como ninguém nunca deu.
Regina: Pois então, pode tirar o seu cavalinho da chuva. O meu menino não quer mais nada contigo.
Lilla: E o que veremos. Desde quando cheguei, ainda não nos vimos. Acho que já está mais do que na hora desse reencontro acontecer. 
 
Cena 7- Apartamento de Leonardo- Dia.
Cléber visita Léo, e ele o apresenta a Luciana, que gosta muito do rapaz. Riginaldo surge no local e pede desculpas a mulher.
 
Leonardo: Cléber. Você e o seu chá de sumiço, não é? – Ele o convida para entrar. – Some e depois volta como se nada tivesse acontecido.
Cléber: Sumi nada. Só dei um tempinho, acho que já causei de mais na sua vida. – Ele vê Luciana. – Olá.
Leonardo: Mãe, este daqui é meu amigo, Cléber. Cléber, essa é a minha mãe, Luciana.
Luciana: Muito prazer, Cléber. – Eles apertam as mãos em cumprimento. – Gostei da sua simpatia. É contagiante.
Cléber: A senhora nem imagina o quão é contagiante. – Ele sorri. – Se eu sou simpático, a senhora é gentil.
Luciana: Muito obrigada. – Ela o olha alegre.
Cléber: E você, como é que tá? Já marcou o dia do seu casamento com o Fred? Ou será que alguma fatalidade aconteceu e o fez desistir de última hora?
Leonardo: Ah, tudo está indo de vento em poupa. Só um desentendimentozinho com a mãe dele, mas está tudo bem. Mas e você, achou a sua alma gêmea?
Cléber: Não. Está mais difícil do que eu pensava. E espero que dê tudo certo entre você e o Frederico. – A campainha toca.
Leonardo: Se eu, você e a mamãe estamos aqui. Quem pode ser? – Ele pergunta assustado. – Será que o meu pai?
Luciana: Pode deixar que eu atendo. Tomara que seja ele mesmo. – Leonardo e Cléber ficam acuados, enquanto ela vai atender a porta. – Riginaldo? Pensei que não te veria mais.
Riginaldo: Eu não consigo viver sem você, Luciana. – Ele está segurando um buquê de flores e uma caixa de chocolate. – Queria que você me perdoasse por tudo que eu te fiz.
Luciana: Demorou para aparecer, supus que tinha achado outra. – Ele se ajoelha. – O que você está fazendo?
Riginaldo: Quero que você me perdoe por eu ter sido um ogro. Por favor, Lu, preciso do seu perdão. Sei que não fui um bom marido, mas todos nós erramos, não é?
Luciana: Eu posso até te perdoar, mas se você der um abraço bem forte no seu filho. – Ela quer humilha-lo.
Leonardo: Imagina, mãe. Não precisa de nada disso não. – Ele treme de medo. Riginaldo se aproxima dele.
Riginaldo: Tudo bem. Eu faço isso sem nenhum problema. – Ele fala a contragosto. Leonardo sente o calor do corpo de seu pai, um abraço apertado, mas longe de ser sincero. – Também espero que me perdoe pelo que te fiz. – Ele é falso. – Não me orgulho das minhas atitudes. – Ele olha para Cléber, e estende a mão. – Seja bem-vindo a família.
Cléber: Eu... eu... sou apenas amigo sou Leonardo. – Ele aperta a mão de Riginaldo.
Leonardo: Se depender de mim, você está perdoadíssimo. – Ele treme. – Antes tarde do que nunca, não é?
Riginaldo: E agora? Está satisfeita? Pode voltar para casa comigo?
Luciana: Também queria te pedir desculpas por ter lhe dado aquele sonífero. Mas foi preciso, para que enxergasse que não vive sem mim.
Riginaldo: Entendo o que você fez. – Ele mente. – No seu lugar, faria a mesma coisa. Vamos?
Luciana: Vamos. – Ela se despede dos rapazes, e vai embora com o seu marido.
Cléber: Fiquei com o... na mão. Era mesmo o seu pai? Pois não parecia ele.
Leonardo: Não fique tão surpreso, Cléber. Isso não passou de encenação para que a minha mãe voltasse para ele. Agora eu preciso fazer o meu dever.
Cléber: O que é você vai fazer?
Leonardo: Denunciar o meu pai.
 
Cena 8- Cobertura de Marisa- Tarde.
Melissa conta a mãe que fez as pazes com Maria Luiza. Rogério vai até o local.
 
Melissa: Pois é, mamãe. Depois da nossa conversa, fiquei no meu quarto pensando muito. E vi que esta era a melhor coisa para se fazer.
Marisa: Você terminou com o Jonathan, mas já pediu desculpas a Maria Luiza? Porque não vai ter adiantado nada você ter terminado com o rapaz, e não ter pedido desculpa a sua prima.
Melissa: Já pedi tantas desculpas, que a coitada está cansada de tanto me perdoar. – Ela brinca. – A Malu tanto me perdoou, que até saímos ontem.
Marisa: Bom saber que a relação entre vocês está melhor. Agora posso me preocupar somente com o clube.
Melissa: Por falar nisso, não se fala em outra coisa na internet. A Maria José erou polêmica com a entrevista dela.
Marisa: Não, minha filha. A José vem acumulando polêmicas desde quando foi feita a leitura do testamento de seu tio.
Melissa: Realmente. Muita gente está falando que acha um absurdo o titio ter deixado o clube no comando de uma travesti.
Marisa: Eles só enxergam o que querem. Vai dizer que eles não sabem que eu também sou dona do clube Realeza?
Melissa: Verdade. O povo só enxerga o que eles querem, e é isto o que mais me revolta.
Marisa: Mas a Maria José é forte, e não deixará se abalar. Admiro pessoas assim, sabia? Tem que demonstrar ser forte, mesmo quando todas as suas forças já se esgotaram.
Melissa: Ninguém desfez o contrato com o clube? Todos os sócios continuam intactos?
Marisa: Não. Pela minha contagem... já se foram umas vinte pessoas. Como o ser humano consegue ser tão pífio? Chega ao ponto de se desfazer do seu lazer por puro preconceito.
Melissa: Essa é a nossa sociedade, mamãe. Enquanto a minoria aceita as diferenças, a maioria recusa aceitar que o mundo está mudando. – A campainha toca.
Marisa: Pode deixar que eu atendo. – Ela abre a porta. – Rogério? Quanto tempo, hein!
Rogério: Para com isso, meu amor. É tão obcecada em mim assim? Nem faz muito tempo que eu não venho aqui.
Marisa: Um dia sem você, já é uma eternidade para mim. – Ele o beija. – Eu te amo muito.
Rogério: Também gosto muito de você. E você, Melissa? Como anda com o seu namorado?
Melissa: Não estamos mais namorando. E antes que comesse a sessão grude, vou ir para o meu quarto. Tenham uma boa noite. – Ela vai para o quarto.
Rogério: A sua filha está ficando doida? Nem noite é ainda.
Marisa: Acho que ela vai dormir esse resto de dia inteiro, por isso nos desejou boa noite. Então acho que podemos aproveitar, enquanto ela dorme.
Rogério: É tudo o que eu mais quero.
 
Cena 9- Apartamento de Celso- Tarde.
Lourival leva a papelada para Maria Letícia, que pula de alegria.
 
Celso: Lourival. Já estava até com saudade de você, meu amigo. – Ele o abraça. – Por onde foi que você andou?
Lourival: Admito que fazer uma papelada como esta não é nada fácil. – Ele entra. – Cada centavo que vocês me derem, vai ser muito bem gastado.
Celso: Espero mesmo que tudo esteja perfeito, e sem nenhum erro. Caso contrário, farei questão em descontar no seu pagamento.
Lourival: Pode verificar, está tudo certo. Depois que estiver tudo assinado, vocês me darão os papéis, junto com a minha grana. Farei algumas cópias para enviar a vocês, caso precisem. Pois a papelada original deve ser entregue à justiça.
Maria Letícia: Deixe-me sentir esses papéis em minhas mãos. – Ela fala cheia de emoção. Lourival a entrega a papelada. – Meu Deus! Nem acredito numa coisa dessas.
Celso: Pois pode acreditar, meu amor. Chegou a hora de destronarmos a Maria José. Demorou, mas valeu a pena esperar.
Maria Letícia: Lourival, você merece muitos beijos. – Ela pula de alegria. – Mas não poderei fazer isso, então contente-se com o pagamento.
Lourival: Quando a tal mulher assinar tudo, vocês me liguem para que eu possa buscar os papéis. Agora tenho que ir, há muito trabalho ainda.
Celso: Muito obrigado, Lourival. Você não vai se arrepender de ter feito isso, viu? – Ele fecha a porta.
Maria Letícia: Agora que já resolvemos parcialmente este nosso plano, temos que partir para o fim que daremos a travesti.
Celso: E como você pretende acabar com a vida da miserável? Esfaqueada, baleada, queimada, asfixiada ou o que?
Maria Letícia: Quero que ela morra lentamente, por isso precisarei de mais um amigo seu. Aquele que participa de exportações clandestinas.
Celso: E no que ele vai ajudar a gente? Maria Letícia, Maria Letícia, o que é que está passando por essa cabecinha maquiavélica?
Maria Letícia: Não posso deixar rastro algum. A Maria José vai simplesmente sumir do mapa, e já tenho tudo planejado aqui. – Ela aponta para a cabeça. – Aquela travesti não perde por esperar. Mexeu com a pessoa errada, e sofrerá as consequências.
Celso: Espero que você saiba o que está fazendo. 
 
Cena 10- Mansão Garcia de Albuquerque- Tarde.
Frederico dá um prazo para que Antonella possa ir embora do local. Mas depois que ele se afasta, a moça ameaça Marillu.
 
Frederico: Como nós já conversamos ontem, você terá que deixar a nossa casa, Antonella. Por mais que eu goste de você, não vejo outra alternativa.
Antonella: Frederico, será que vocês não têm como fazer um esforço? É que eu não tenho mesmo para onde ir, e meu pai nunca me aceitará na casa dele de novo.
Frederico: Entendo a sua situação, mas o máximo que posso fazer... é lhe dar um prazo para que saia daqui.
Antonella: E por quanto tempo ainda posso permanecer? Talvez eu consiga algo durante o tempo que me der.
Frederico: Te darei uma semana, sem mais nem menos. – Ele é objetivo. – Você não sabe o quanto está doendo fazer isso contigo, mas é que... você sabe. – Ele se levanta. – Mamãe, será que nós podemos conversar um pouco? É sobre aquele assunto de hoje mais cedo.
Marillu: Claro, meu filho. – Antonella a pega pelo braço. – Quer alguma coisa, querida?
Antonella: Eu só preciso ter uma conversa rápida contigo. – Marillu pede para que Frederico vá indo. – Não vou tomar muito tempo.
Marillu: Sei que você vai falar sobre este prazo que o Frederico te deu, mas é que eu não posso fazer nada. Nós estamos mesmo passando por uma crise financeira.
Antonella: Isso está estranho demais. Vocês podem até estar passando por uma crise financeira, mas não passa pela cabeça de ambos vender a mansão. Quer dizer, pela do Frederico eu não sei, mas pela sua... tenho certeza que não é tão corajosa para vender isto aqui.
Marillu: Que ousadia é esta? Com que direito você subestima a minha coragem? Você não pode falar assim comigo não.
Antonella: Você está na palma da minha mão, Marillu. Eu sei que o Carlos Henrique está vivo. – Ela se surpreende. – E também sei que o Frederico não faz ideia disso. Ele vai adorar a notícia.
Marillu: O que você quer de mim? – Ela pergunta com raiva. – O que eu posso fazer se o meu filho não quer mais nada com você?
Antonella: Bingo. Desconfiei da frieza dele. Nem ao menos ele me beija mais. Depois do que aconteceu com a Daniele, o Fred ficou mais frio comigo.
Marillu: Ele só estava com a Daniele por causa do dinheiro, e quando percebeu que você estava ameaçando a relação deles... eu o aconselhei a te seduzir.
Antonella: Então ele queria o dinheiro da minha família? Por que ele não ficou comigo? Continuo sendo uma Sales Couto de Sá.
Marillu: Mas o poderoso chefão é o seu pai, e quem está mais bem relacionada com ele é a Daniele. Só ela poderia trazer bons frutos do seu pai para o meu filho.
Antonella: Vocês são espertos e interesseiros, mas eu sou mais. E como sei que não irão vender isto daqui, exijo que você faça o seu filhinho mudar de ideia com relação a mim. Não tenho para onde ir, e você não quer que o Fred saiba que o Carlos Henrique está vivo... estamos quites então.
Marillu: Não posso fazer isso, Antonella. O meu filho tem outros planos, e eu também. Ele irá se casar, e eu fugirei com a verdadeira herança do Carlos Henrique.
Antonella: Me leve junto. Não tenho para onde ir mesmo. Só sei que daqui eu não saio. – Ela senta e cruza as pernas. – Entendeu?  
 
Cena 11- Mansão Sales Couto de Sá- Tarde.
Daniele e Roberto brindam após Célia ser levada para um asilo.
 
Daniele: Acorda, Celinha. Isto não são horas de você estar dormindo. – Ela sorri. Célia abre os olhos lentamente. – Sei que está meia solitária por não ter a presença da Simone, muito menos a companhia da sua netinha. Mas tudo isso vai acabar, prometo.
Célia: O que você quer, Daniele? Por que diabos veio me acordar? Se não me deixam nem sair, poderiam liberar as minhas horinhas de sono.
Daniele: Você não queria tanto se livrar do meu pai e de mim? Pois então, chegou a hora de você ser feliz. – Célia se levanta.
Célia: Vocês não são tão bondosos assim, há algo por traz disto. Cadê o porco do Roberto?
Daniele: Ele está lá embaixo nos aguardando, vamos?
Célia: Ok. – Ela fala desconfiada. – Vamos ver o que estão aprontando. – Elas descem a escada e dão de cara com Roberto.
Daniele: Pronto, papai. Aqui está a nossa querida Célia. – Ela olha para Daniele desconfiada. – Cadê eles?
Célia: Eles quem? – A porta se abre, e dois homens entram no local. – Vocês não vão fazer isso comigo, não é?
Roberto: A sua filha foi para um hospício, você vai para um asilo. – Ele fala sorridente. – Cada um no seu quadrado, não concorda?
Célia: Vocês não podem fazer isso comigo, não podem. – Os homens a pegam pelos braços. – Eu não abri a minha boca, não acionei a polícia, vocês precisam confiar em mim.
Roberto: Isto não se trata de confiança, minha sogra. – Ele fala, antes de os homens saírem com ela. – São apenas algumas mudanças que estou fazendo na minha vida. Pretendo mudar para melhor. – Eles saem, e é possível escutar os gritos de Célia.
Daniele: Escute só papai. – Eles escutam os gritos de Célia atentamente. – Soa como música para os meus ouvidos.  
Roberto: E que tal um brinde? – Ele pega o champanhe e duas taças. – Vamos comemorar pela derrota daquelas interesseiras.
Daniele: Nada mais justo. – Roberto estoura o champanhe, e os serve. – À nossa vida nova.
Roberto: À nossa felicidade. – Eles brindam.
 
Cena 12- Cobertura Queiroz Galvão- Tarde.
Riginaldo agride Luciana com um martelo. A polícia invade o local e o leva preso.
 
Riginaldo: Você adorou me humilhar na frente do seu filhinho baitola, não é? Percebi isso na sua cara.
Luciana: Vai começar? Será que a sua paranoia não tem fim? – Ela arruma as roupas no guarda-roupa.
Riginaldo: Escuta aqui, Luciana. – Ele a puxa pelo cabelo. – Não pense você, que eu mudei não. Fiz aquilo só para que voltasse para casa.
Luciana: Por que você me queria aqui? Só para ter em quem bater? Porque se for isso, volto para a casa do meu filho agora mesmo.
Riginaldo: Pois eu quero ver você voltar, sua safada. Você conseguiu me passar para traz com aquele sonífero, mas comigo acordado as coisas são mais complicadas.
Luciana: Ah, é? Para mim, você e nada são as mesmas coisas, sabia? Você é um lixo, Riginaldo, um lixo.
Riginaldo: Você vai ver quem é o lixo aqui. – Ele pega um martelo e começa a bater nas pernas da mulher. – Quero ver se você é tão corajoso assim, anda Luciana, diz quem é o lixo.
Luciana: Para Riginaldo, e estava brincando. Isso dói, Riginaldo, para. – Ela começa a gritar, e ele bate nela sem dó.
Riginaldo: Você merece apanhar até morrer pra ver se para de ser vagabunda. – Ele bate com força, até que a porta é arrombada. Riginaldo vira com o susto, e dá de cara com a polícia.
Leonardo: Como vocês podem ver, ele estava agredindo a própria mulher. – Riginaldo deixa o martelo cair.
Riginaldo: Espera ai, eu posso explicar tudo. – Cléber entra, e se junta a Leonardo.
Policial: Você vai explicar sim, mas lá na cadeia, e de preferência, atrás das grades. Algemem o canalha. Você está preso, Riginaldo. – Os outros policias algemam o homem.
Leonardo: Acabou, mãe, acabou. – Ele abraça Luciana, que chora compulsivamente.
Riginaldo: Isso não vai ficar assim. – Ele diz, olhando para Leonardo e Luciana. – Irão me pagar com a vida podre de vocês.  
 
CONTINUA...



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Realeza || Capítulo 48
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